Bruno Martins
Surpresa. Esta foi a reação causada, no dia 10 de novembro, em todos que acompanham diariamente qualquer site de notícias esportivas. A morte do goleiro alemão Robert Enke, de apenas 32 anos, chocou a comunidade futebolística. Conforme os detalhes foram surgindo e todos se deram conta de que havia sido suicídio, o choque foi ainda maior. O jogador, que atuava no Hannover 96, jogou-se na frente de um trem nos arredores da cidade do seu clube. Ele deixou um bilhete de despedida, cujo conteúdo não foi revelado.
A depressão acompanhava sua vida desde 2003, de acordo com sua esposa, Teresa. O medo de falhar na profissão era seu maior problema, até sua filha de apenas dois anos, Lara, falecer em 2006 com um problema cardíaco. O casal ainda adotou uma criança em maio deste ano, Leila, que tem apenas oito meses. O médico que cuidava de Enke desde o início da doença declarou que ele não foi à terapia no dia do suicídio, dizendo estar se sentindo bem. Ele havia jogado apenas cinco jogos nesta temporada por consequência de uma infecção intestinal em setembro. A tragédia se deu dois dias após seu último jogo.

Em um mundo de sonhos para qualquer garoto que dedica sua vida a jogar bola, almejando chegar ao patamar dos grandes campeonatos do mundo, de clubes e seleções, sendo admirado por torcedores e colegas de trabalho, ainda faltava alguma coisa para Enke. O estopim para a sua doença não se sabe, muito menos o que fez este dia 10 ser o momento em que ele resolveu dirigir seu carro, pará-lo próximo à ferrovia, escrever o bilhete pedindo perdão a familiares e amigos e praticar o ato brutal de atirar-se na frente de um trem que andava a velocidade de 160 km/h. O sonho de muitos não dava ao goleiro o que ele procurava.
Robert Enke nasceu em Jena, na antiga Alemanha Oriental, e passou por mais cinco clubes na sua carreira: Carl Zeiss Jena, Borussia Mönchengladbach, Barcelona, Fenerbahçe e Tenerife. Os clubes que mais defendeu e onde mais deixou saudades foram o Benfica, onde jogou 77 vezes, e o Hannover 96, com 164 participações. Seu desempenho na seleção alemã se reduz a apenas oito partidas, porém ele estava garantido na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e deveria ser o titular do seu país.
Descanse em paz, Enke, e para mostrar o impacto do acontecido em seus fãs, veja este vídeo produzido por um torcedor benfiquista:
1 comentários:
Para sempre Enke :( :(
Amei o post!!
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