segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sul América de Mochila


- Anderson Santos

Três universitários resolvem viajar por países vizinhos da América Latina para conhecer lugares além das capitais, numa aventura através de diversos tipos de estradas e condições climáticas. Um ótimo roteiro de filme, certo?

Mas se dissermos que essa viagem foi feita com um carro, teoricamente, aquém dos limites para subir locais acima de 5000 m de altitude; enfrentou-se desde locais gélidos a outros que de tão quentes até o vento poderia queimar o rosto; que os aventureiros tiveram que racionar alimento, e ainda assim não podiam entrar com nenhum gênero num desses países?

Durante cerca de cinqüenta dias, os estudantes da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS) Martin, Pedro e o alagoano Rafael Cavalcanti percorreram Argentina, Uruguai e Chile para responder a curiosidade em conhecer os países vizinhos.

Sobre as experiências dessa viagem, a Revista Bula entrevistou Rafael Cavalcanti, também conhecido como Butigahn. De volta a Alagoas após um ano e meio estudando em São Leopoldo-RS, o estudante de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, ficou responsável pela atualização do blog Sul América de Mochila, que contém relatos de cada dia da jornada e fotos incríveis* do extremo sul do nosso continente.

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.bula - Primeiro você decide mudar totalmente de vida e sair de Alagoas para estudar no Rio Grande do Sul, depois resolve viajar por países vizinhos. Quando surgiu a ideia de você viajar por alguns países da América Latina? E qual a ideia inicial para tal empreitada?
Rafael Cavalcanti - As mudanças estão aí, à nossa escolha, em menor ou maior grau. Não havia mais nada que me prendesse à Maceió e a vontade de conhecer o "mundo lá fora" era grande, daí decidi ir para o local no Brasil mais longe de Alagoas, o Rio Grande do Sul, onde vivi experiências que não imaginava viver. A viagem pela América Latina partiu do desejo de fazer um mochilão pela Europa, que era uma idéia comum na minha adolescência romântica. Queria viajar, conhecer realidades novas. Mas conversando com amigos, lendo livros de autores latinos e estando tão próximo de países sul-americanos, eu comecei a me questionar do porquê de querer ir tão longe se havia todo um continente fantástico ao meu redor. Da Argentina ao México. Então, quando eu fui para o sul, decidi que só sairia de lá com a aventura de mochilar por essas bandas realizada. Inicialmente, a idéia era percorrer seis países: Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia e Paraguai. No entanto, por falta de grana e energia, já que éramos três em um carro onde só dois dirigiam, e principalmente, por querer aproveitar melhor os lugares visitados, decidimos reduzir a viagem para Uruguai, Argentina e Chile.

.b - Como conseguiu encontrar em outros cursos (Filosofia, Direito e Ciências Sociais) no meio do mundo acadêmico da Unisinos-RS pessoas interessadas em fazer a viagem?
RC - Eu morei em uma Casa de Estudante de 14 pessoas. Todas eram de cursos diferentes. Esse foi o primeiro passo para conhecer gente das mais diversas áreas. Depois, eu me organizei no movimento estudantil, ingressei na pesquisa e trabalhei no Centro Acadêmico dos Estudantes de Direito da Universidade. Ou seja, eu respirava Unisinos e, consequentemente, tinha contato com muita gente. Mesmo assim, a amizade que fiz com o Renato, quarto membro do mochilão que desistiu na véspera, foi fundamental para dar consistência à idéia que surgiu no final de 2008, quando eu e ele fizemos uma viagem pelo norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Depois apareceu Martin, um dos coordenadores do CAED, disponibilizando o carro e o Pedro, estudante de Filosofia da UFRGS e Direto na Unisinos, que também se interessou na empreitada.

.b - Como foi programada a aventura e qual o “material de sobrevivência”, essencial, que decidiram levar? Faltou algo?
RC - Nós nos reunimos uma vez por semana durante sete meses. De maio a dezembro. Elaboramos, após uma boa pesquisa, a lista do material necessário para não esquecer nada. Elenco como material de sobrevivência o carro, barracas de acampar, um bom guia de viagem, notebook, mapas, material de cozinha como panelas e pratos, mochilas portáteis, celular, cartão de crédito internacional, roupas adaptadas ao clima do destino, calculadora para o câmbio e ferramentas de conserto. No meu caso, eu incluiria também um bom bloco de notas para registrar informações relevantes. Acho que a única coisa que faltou foi um cuidado maior com as nossas barracas, que foram perdidas na metade da viagem, e a presença de um quarto viajante para baratear os custos. Ah, um carro de maior porte também seria o ideal porque nos possibilitaria viajar por trechos mais difíceis.

.b - Reparei que o blog teve sua primeira postagem no dia 02 de janeiro, duas semanas depois do início da viagem. Como surgiu a ideia de reproduzir num diário virtual os acontecimentos da viagem? E o quanto isso serviu de apoio?
RC - O blog foi algo pensado na pré-viagem e tinha como finalidade narrar a viagem em tempo real para que os amigos e familiares pudessem acompanhar. Também pensamos em conseguir patrocínio através da página. Porém, adiamos bastante a sua produção e só depois do primeiro terço conseguimos efetivá-lo. As razões para começá-lo só no dia 02 são duas. Primeiro, estávamos deslumbrados com a aventura, só pensávamos em aproveitá-la dia e noite, motivo pelo qual não queríamos nos dar ao trabalho de registrar, mesmo com o propósito nobre. E segundo, eu me senti no dever de dar uma contribuição específica na viagem, pois Martin e Pedro se matavam na direção e co-pilotagem, enquanto eu passava muito tempo sem fazer grandes coisas no banco de trás do carro. Passei a aproveitar o período livre para escrever no notebook e em seguida postar quando chegássemos a algum lugar com internet. O trabalho no blog foi muito bacana pelo retorno que os leitores davam, comentando as postagens e as imagens. Faziam nos sentir acompanhados por pessoas queridas. Acho que sem os comentários o blog não chegaria até o final.

.b - Em alguns momentos, pelo que acompanhamos no blog, houve dificuldade em relação à comida. No Chile, por exemplo, não se pode passar para o país com comida oriunda de outro. Qual o motivo para isso e o que faziam quando ainda restava algo para a alimentação?
RC - O Chile foi o único país que tivemos alguma dificuldade com fronteira. Eles não permitem que o viajante entre com nenhum tipo de produto de origem animal e vegetal. É tipo uma medida preventiva à agropecuária do país, tanto no sentido econômico como biológico, pois querem evitar o ingresso de pragas. Eu penso que a medida é mais por questões econômicas porque os valores destes produtos na Bolívia e Argentina são bem menores. De toda forma, vacilamos e tivemos de deixar alguns itens. Perdemos lentilha (duas vezes), frutas, legumes e mel. O mel era presente de um amigo do Martin, o que nos deixou chateados. Antes de entregá-lo ao policial demos umas senhoras goladas nele para compensar o prejuízo, além, claro, de xingar o processo de fiscalização nada cortês.  

.b - De barracas a hotéis de qualidade, qual era a estratégia para descobrir um local para dormir em cada cidade e quais histórias, momentos positivos e negativos, que mais marcaram sobre isso?
RC - O momento de achar o local de dormir foi uma história à parte da viagem. A hospedagem não apenas seria o nosso local de descanso, como também de convivência com outros viajantes, alimentação matinal e onde deixaríamos nossos pertences. Deveríamos ter nos organizado na pré-viagem para mapear os melhores hósteis [em espanhol], porém tivemos que descobri-los ao longo da aventura. Inicialmente, pesquisávamos pela internet à noite, antes de viajar no dia seguinte. Mas às vezes, faltava informação e nós procurávamos à deriva mesmo quando chegávamos na cidade. O preço do local e o serviço de wireless eram prerrogativas para nos hospedarmos. Assim, encontramos muitos lugares bacanas como o Hostel Patagônia, em Ushuaia, e locais horrorosos como o Hostel Downtown, em Buenos Aires, com quartos coletivos de pessoas esquisitíssimas e revista de contos eróticos de aparência suspeita. O ideal mesmo é procurar a rede Hostelling International, a HI Hostel, que mantém um padrão de qualidade nos serviços, apesar do preço variar bastante de um local a outro.

.b - Conseguiu sentir diferenças políticas em relação ao Brasil, especialmente no Uruguai e no Chile, onde houve eleições num período próximo à viagem? No Chile, onde a reeleição não é permitida, a gestão Bachelet era muito bem aprovada, mas pela primeira vez depois da ditadura militar, a centro-esquerda perdeu as eleições. As pessoas com quem tiveram contato deram alguma justificativa para tal fato?
RC - Os três países visitados viveram as ditaduras militares mais cruéis da segunda metade do século XX. O histórico de luta do povo, no que toca a mobilização popular, possui um nível avançado, gerando uma boa politização. No Uruguai, não tivemos nenhuma experiência política significativa, apesar de só encontrar propagandas do Mojica. Na Argentina, conhecemos “las madres de la Plaza de mayo”, junto com seu histórico de resistência e luta para saberem o que aconteceu com seus filhos na ditadura. E no Chile, pegamos em cheio a eleição. O presidente eleito, Sebastián Piñera, tinha uma imagem positiva por ser um empresário bilionário de sucesso, o que conta muito em um país de forte influência neoliberal, mesmo em governos tido de esquerda como a da Concertação, grupo da ex-presidente Bachelet. A Concertação foi a primeira e única coligação a chegar ao poder depois da ditadura de Pinochet e, depois de vinte anos, alcançou o ápice do desgaste, apesar da aprovação popular da então presidenta. Para aumentar esse desgaste, o candidato de situação, Eduardo Frei, já havia sido presidente do Chile e sempre esteve próximo das camadas administrativas nas últimas décadas. Então, para quem queria novidades, o discurso de mudanças de Piñera caiu muito bem.  

.b - Muitos encontros e reencontros. Ser brasileiro ajuda a arranjar amizades, boas dicas e alguma ajuda na América do Sul?
RC - O brasileiro é muito querido lá fora. Por todas as nações, inclusive a argentina, cuja rivalidade fica apenas no futebol. A nossa imagem lá fora é extremamente positiva porque remete a alegria, festa e gente bonita. De certa forma, acaba sendo fruto de um estereótipo criado em torno da população brasileira, do tipo bunda-futebol-caipirinha-carnaval. Apesar disso, nos rendeu sim boas dicas e ajudas, principalmente porque encontramos muitos brasileiros em todos os cantos que visitamos, sem exceção.

.b - Ficar o Natal fora de casa após mais de um ano fora do estado de origem até que deve ser fácil, mas como foi escutar “Chupa que é de uva” há pouco tempo de “virar” o ano na voz de um argentino no “fim do mundo”?
RC - Eu estava cochilando no andar de cima. Faltava mais ou menos cinco minutos para a virada do ano, quando essa música me acordou, deixando-me meio atordoado, sem saber onde eu estava. Depois descobri que um suíço-argentino, apaixonado pelo Brasil, estava tocando músicas brasileiras porque viu que havia chegado brasileiros. Entendi como uma forma dele de nos chamar a atenção, o que acabou dando certo, pois ficamos amigos. Mas foi surpreendente escutar “Chupa que é de uva” como última música de uma década no fim do mundo. Não imaginava que teria essa “sorte toda”.

.b - O Chile praticamente convive com desastres naturais, cidades “fantasmas” por causa de vulcões e quantidade imensa de terremotos por ano. Vocês passaram por lá há pouco tempo antes da série de terremotos que atingiu de forma forte o país, o que passou pela cabeça quando soube do ocorrido lá?
RC - Eu imaginei os locais onde passamos devastados e os chilenos que conhecemos em situação difícil. Não conhecemos Concepción, cidade mais devastada. Porém passamos por Santiago e Pitchilemu, que tiveram sérios prejuízos com os tremores e tsunamis. Fazia exatamente um mês que havíamos passado por lá. Quando vi o noticiário dando destaque para o terremoto, entrei logo na internet para ver se as pessoas de lá estavam no MSN. Não estavam. Só consegui falar com eles cinco dias depois da tragédia. Felizmente, todos ficaram bem, menos a Yun, nossa amiga chinesa que fazia intercâmbio no Chile, e se viu obrigada a voltar para a China porque a sua faculdade original cancelou a bolsa de estudos em virtude dos riscos que o país latino oferecia.

.b - Como eram as discussões que apareciam durante o percurso de carro entre as cidades, sendo que os três têm influências ideológicas diferentes oriundas de formações acadêmicas diferentes?
RC - Nós evitávamos ao máximo as discussões mais radicais por entender o quanto prejudicaria o relacionamento e, assim, o resto da viagem. A maior parte das que aconteceram se deu por motivos materiais, como a questão de comer ou dormir em um lugar mais barato ou visitar uma ou outra cidade pelo pouco tempo para cumprir o roteiro. No campo ideológico, convergíamos com a abertura de pensamento, no sentido de escutar o máximo possível a visão do mundo do colega e dialogar de acordo com os limites. Em muitos momentos, tivemos conversas proveitosas sobre o direito universal à defesa, variáveis da militância social, modos de intervenção de uma cultura sobre outra e mesmo o modelo de comunicação que vínhamos desenvolvendo no blog. Quer dizer, as formações acadêmicas diferentes só nos ajudaram.

.b - Uma dúvida que não sai da minha cabeça: como conseguir com um carro cujo motor é de potência 1.0 chegar a cerca de 5000 m acima do nível do mar? Não houve nenhuma ameaça do carro deixá-los na mão em nenhum momento da viagem?
RC - O Celta me surpreendeu. Eu também acreditava que ele não fosse aguentar e todos que nos viam com ele nos mais extremos das localidades pareciam pensar o mesmo. Felizmente, a única situação em que ele teve problemas foi quando estávamos chegando ao ápice da altitude, no caminho para as lagoas altiplânicas em San Pedro do Atacama. O carro não passava de 80 Km/h, às vezes 60, por mais que o Martin pisasse no acelerador.

.b - Vocês passaram, apesar de você não dirigir, por diferentes tipos de estradas, como o caso do rípio (espécie de cascalho), quais os momentos de maior dificuldade em relação ao clima externo, levando também em consideração a altitude?
RC - O pior trecho de rípio foi na Rota 40, no trecho entre as cidades El Calafate e Perito Moreno, na Argentina. Nesses momentos, não tivemos dificuldades com o clima externo. O trecho mais duro em relação ao clima foi na volta pelo norte da Argentina, onde passamos por uma cidade chamada Pampa del Infierno, cuja a sensação térmica passava de 50°. O ar vinha tão quente que preferíamos fechar as janelas para não ter contato com o vento super aquecido. Já na altitude, pegamos frio. Salvo pela ida aos gêiseres na madrugada do último dia no Atacama, também não tivemos sérios problemas. Passamos mais frio em Ushuaia, cidade mais próxima da Antártida.

.b - Vocês passaram por locais conhecidos seja pela aventura ou pelo turismo. O balneário de Punta Del Este, a região da Patagônia, Ushuaia (fim do mundo), Estreito de Magalhães, perto da região de vulcões, Andes, Deserto do Atacama,... Muitas variações de temperatura e de locais a conhecer. Quais os que guardavam maior expectativa antes da viagem e os que realmente valeram à pena fazendo uma análise posterior?
RC - Nós acordamos antes de viajar que os ápices seriam Ushuaia e San Pedro de Atacama. Não cortaríamos de jeito nenhum do nosso roteiro, como acabou acontecendo com outros pontos. De certa forma, acabaram sendo dois momentos bem bacanas da viagem. Além das duas cidades, acredito que as três capitais, Puerto Madryn, Torres del Paine, El Chaitén e Pichilemu tenham ficado como boas lembranças na nossa memória.

.b - Além de terem passado por Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai). Qual a diferença das capitais dos países vizinhos para Porto Alegre? O que se pode destacar em cada uma delas?
RC - As quatro cidades têm fortes traços cosmopolitas, ou seja, valorizam a área urbana como fator de atratividade. As três capitais estrangeiras me pareceram mais seguras que a capital gaúcha, mas em geral não se diferem muito de qualquer cidade metropolitana brasileira. Montevidéu é massa pela hospitalidade dos uruguaios, tudo parece ser próximo de tudo na região de mais movimento. Buenos Aires é o oposto, lembra mais São Paulo pelo tamanho e número de pessoas. Por ser também a capital do país, há várias manifestações diante da Casa Rosada durante todo o ano, tornando um espaço também político. A arquitetura de lá possui traços europeus, razão pela qual os argentinos da capital proclamam para si a Europa na América Latina. Uma bobagem que os fazem ser odiados pelos outros argentinos. Santiago, por sua vez, foi o nosso pico de atividade cultural. Em um só dia, visitamos quatro museus, um teleférico que dava para um parque e um zoológico, dois festivais de teatro, um mercado público e a rua de bares. Tudo isso andando a pé, altas horas de madrugada. Ainda havia mais programas baratos para se fazer, mas não deu tempo. Parece-me que há muito incentivo às iniciativas da área artística.

.b - Você deixou inúmeros leitores curiosos com a “sigilosa” festa chamada “carte”, nas alturas do Chile. O que pode se falar dela além das variadas formas de cumbia, ritmo presente tão qual o tango naquela região?
RC - Eu desconhecia o fato de haver festas sigilosas em San Pedro. Tinha lido no Guia Turístico que a cidade tinha vida noturna agitada, principalmente por algumas boates famosas. No entanto, quando cheguei lá, descobri que mudanças aconteceram, entre elas, qualquer atividade pública depois de 1h.  A partir da proibição, os turistas e moradores locais passaram a organizar as cartes, que concentram muita gente jovem na madrugada, rolando todo tipo de, digamos, “juventudes”. Sobre a cumbia, posso dizer que é um ritmo universal na América Latina, da Argentina ao México e tem a nossa cara (de latino-americano) por ser uma dança alegre, sensual e coletiva. Infelizmente, ela está perdendo um pouco de espaço pela invasão de ritmos norte-americanos, como o hip hop de MTV e o pop music. 

.b - Depois de mais de 50 dias de viagem, qual o sentimento que ficou no grupo: alegria por ter conseguido a empreitada ou tristeza por tê-la terminado?
RC - Os dois. No final da viagem, estávamos exaustos, loucos pela volta da normalidade cotidiana. Daí ficamos felizes por voltar ao Brasil, além de realizados pela aventura, claro. Mas depois que o cotidiano vai ficando rotineiro e os locais estáticos como sempre, bate uma saudade, vontade de vivenciar tudo novamente.

.b - Para finalizar, agradecemos pelas respostas e parabenizamos a coragem em tal iniciativa. Qual a próxima “aventura” que pretende fazer? Já pensa em algo?
RC - Alagoas. Gostaria de fazer uma viagem equivalente pelo estado a fim de conhecê-lo melhor e, se puder, apresentar sua gente, natureza e cultura sem estereótipos, como geralmente acontece. Não corresponde à realidade. Fora isso, parece-me incoerente querer conhecer o resto do mundo sem entender bem o local onde cresci. 




* Todas as fotos foram extraídas do blog Sul América de Mochila, onde você pode conferir o relato do dia-a-dia da viagem e muito mais fotos.

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